O deputado estadual Carlão Pignatari (PSDB) presidiu na quinta-feira (dia 16) reunião da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que investiga supostas irregularidades praticadas em clínicas de reprodução assistida no Estado de São Paulo. Na oportunidade, foram ouvidas a representante do Conselho Regional de Medicina (CRM), Ieda Therezinha Verreschi, e a médica fiscal Izaura Cristina sobre a situação atual das clínicas.
O deputado Carlão questionou Ieda Verreschi sobre o número de clínicas especializadas no Estado. A conselheira informou que não há registro das clínicas de reprodução assistida junto ao CRM, o que dificulta fornecer o número exato de instituições que praticam essa especialidade.
Segundo Ieda, o CRM realiza visitas anualmente e segue um roteiro de fiscalização, cujo relatório será encaminhado para a CPI.
Ela informou que uma das preocupações do CRM é oferecer às pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) acesso a esse tipo de tratamento, o que se iniciou em 2009, mas atualmente poucas pessoas são atendidas.
Carlão questionou a conselheira Ieda sobre os profissionais que atuam na área, pois muitos aprenderam as técnicas no auge do sucesso do Dr. Roger Abdelmassih. Ieda explicou que esses profissionais passaram por clínicas na Inglaterra e Estados Unidos e que a maioria dessas técnicas são nitidamente experimentais.
O deputado agradeceu a presença e os esclarecimentos das representantes do CRM e disse que muito trabalho ainda está por vir e pediu a colaboração do Conselho. Ieda se colocou à disposição da CPI.
Serão convidados também a diretora do Centro de Vigilância Sanitária, Maria Cristina Megid, e o presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, Adelino Amaral, para comparecer à reunião da CPI, com o objetivo de auxiliar nos trabalhos da comissão. Ainda estiveram presentes na reunião os deputados João Antônio (PT), Jooji Hato (PMDB) Ulysses Tassinari (PV) e Célia leão (PSDB).