Requerimento deve ser aprovado na próxima reunião da Comissão de Transportes da Alesp
O deputado Carlão Pignatari pediu, nesta quarta-feira (4), a convocação dos representantes dos sindicatos dos funcionários do Metrô, CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e Sabesp, para que expliquem, na Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a paralisação e o descumprimento da decisão judicial que culminou na interrupção do serviço de transporte sobre trilhos para mais de 4 milhões de paulistas nesta terça-feira (3).
O requerimento será votado e aprovado na próxima reunião da Comissão de Transportes da Alesp, o que deve ocorrer na quarta, dia 11. Foram convocados o presidente do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo), José Antonio Faggian; a presidente do Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo, Camila Ribeiro Duarte Lisboa; e o presidente do Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, Eluiz Alves de Matos.
“É lamentável que mais de 4 milhões de paulistas sejam afetados por uma greve num momento inadequado e, principalmente, que descumpriu uma ordem judicial”, disse Carlão Pignatari. “A questão das privatizações deve ser, sim, amplamente discutida, de forma democrática, e a Assembleia Legislativa é o lugar para isso, onde 94 deputados foram eleitos para representar a população, sem criar caos, sem privar os trabalhadores do direito de ir e vir. Os sindicatos envolvidos nesta paralisação devem explicações à sociedade”, completou o deputado, que é integrante da comissão.
Conforme decisão da Justiça do Trabalho, os serviços de transporte da CPTM e Metrô deveriam operar em 100% nos horários de pico e 80% nos demais horários. Mas o que foi constatado foi uma paralisação total, com estações fechadas e a população sem o serviço. Em razão do descumprimento, as multas aos sindicatos foram aumentadas, em decisão do TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região), em São Paulo. “Foi um ato de irresponsabilidade e os dirigentes sindicais devem responder por isso”, afirmou Carlão.