O deputado estadual Carlão Pignatari, líder da Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa, está comemorando a grande conquista de São Paulo. O Estado entra na reta final para produzir a primeira vacina brasileira contra a dengue. O governador Geraldo Alckmin, anunciou, nesta sexta-feira (11), no Palácio dos Bandeirantes, que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) autorizaram o pedido do Governo do Estado para o início da terceira fase de testes.
“Já foram feitas as fases 1 e 2, e essa autorização é para a fase 3, que é a última. Estamos com uma grande possibilidade de ter uma vacina com uma dose única contra os quatro tipos de vírus. É um grande passo para ajudar o país e a ciência”, declarou o governador.
Os estudos clínicos envolverão 17 mil voluntários em 13 cidades nas cinco regiões brasileiras. A perspectiva é vacinar o número total de participantes em até um ano. Os resultados da pesquisa dependem de como será a circulação do vírus, mas o governo do Estado e o Butantan avaliam ser possível ter a vacina disponível até 2017.
Poderão participar do estudo pessoas que estejam saudáveis, que já tiveram ou não dengue em algum momento da vida e que se enquadrem em três faixas-etárias: 2 a 6 anos, 7 a 17 anos e 18 a 59 anos.
Os voluntários serão acompanhados pela equipe médica responsável pelo estudo durante o período de cinco anos e é importante que residam na região do serviço de saúde da pesquisa para facilitar o acompanhamento.
A vacina do Butantan tem potencial para proteger contra os quatro vírus da dengue com uma única dose e é produzida com os vírus vivos, mas geneticamente atenuados, isto é, enfraquecidos. O objetivo é que a vacina gere forte resposta imunológica, mas que não tenha capacidade de provocar dengue.
“É uma grande vitória do Estado de São Paulo, que vem se empenhando para produzir a vacina contra a dengue. O processo só atrasou porque a Anvisa demorou para conceder este aval que saiu nesta sexta-feira. Mas é um grande passo para evitar que a doença prolifere. Além disso, é importante que a população continue colaborando, eliminando os criadouros do Aedes aegypti”, concluiu o deputado Carlão Pignatari.