O Diário Oficial do Estado (DOE) deste dia 17 de novembro traz a publicação da Lei nº 16.000, sancionada pelo governador Geraldo Alckmin. A lei é oriunda do Projeto de lei nº 813/15, de autoria do deputado estadual Carlão Pignatari, líder da Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa, e dá denominação ao dispositivo rodoviário na vicinal de Acesso SPA 244/425, que liga Planalto à Rodovia Assis Chateaubriand – SP 425, de “Antonio Palharane”.
O deputado Carlão justificou a denominação dizendo que Antonio Palharane nasceu em 7 de fevereiro de 1916, no município de Torrinhas, comarca de Brotas (SP). Filho de Cesar Palharane e Madalena Pirini.
Aos quatro anos de idade, mudou-se com a família para o município de Uchoa e, aos oito anos, transferiu-se para Mirassol, onde conheceu a esposa Ana Chiarelli Pagliarani. Dessa união nasceram Maria Josefina Pagliarani e José Onivaldo Pagliarani, já falecidos.
No ano de 1945, Antonio Palharane mudou-se com sua família para o município de Planalto e passou a exercer a atividade de servente no Grupo Escolar de Planalto. Nesse período, a família vivia na Casa Paroquial, onde hoje fica o escritório da Paróquia Divino Espírito Santo.
Foi na cidade de Planalto que a família de Antonio Palharane cresceu. Com sua esposa, teve mais seis filhos: Luis Antonio Pagliarani, Plácido José Pagliarani, Maria Elizabeth Pagliarani, João Roberto Pagliarani, Adelino Cesar Pagliarani e Cláudio Umberto Pagliarani.
Após a emancipação do município de Planalto, ocorreu, em 1949, a primeira eleição municipal. Antonio Palharane foi eleito vereador e durante seu mandato foi membro da Mesa Diretora da Câmara Municipal nos cargos de primeiro secretário e presidente da Casa. Naquela época, os vereadores não eram remunerados.
Em 1952, Antonio Palharane foi eleito prefeito do município de Planalto. Após a votação, as urnas foram conduzidas para a sede da Comarca, Fórum de Monte Aprazível, onde foi feita a apuração. O resultado foi favorável a Antonio Palharane.
Infelizmente, Palharane não conseguiu exercer seu mandato em sua plenitude, por causa da interferência de pessoas muito poderosas na época, o que foi uma grande desilusão. Sua simplicidade o levou a se desfazer dos bens, herança de sua mulher, em detrimento das despesas públicas.
Ao o término de seu mandato, Palharane estava em uma situação financeira muito difícil, o que o levou a mudar-se para Votuporanga, onde passou a trabalhar como servente na Escola Estadual Professora Uzenir Coelho Zeitune.
Em 1958, foi eleito presidente da Conferência de Nossa Senhora Aparecida. Foi presidente do Lar São Vicente de Paulo de Votuporanga e vice-presidente do Lar São Vicente de Paulo de São José do Rio Preto, supervisionando diversos asilos na região.
Foi homenageado em Votuporanga com a denominação do prédio da SAEV – Ambiental.
Em 1966, foi eleito presidente da Comissão para Construção do Asilo de Votuporanga.
Foi eleito vereador em Votuporanga por duas legislaturas, onde defendeu que os vereadores não deveriam receber remuneração.
Palharane era um homem honesto, simples, humilde e muito religioso. Faleceu em 25 de outubro de 2004.
“Trata-se de uma justa homenagem a um homem que sempre se dedicou a fazer o bem, para ajudar a melhorar a vida das pessoas”, destacou o deputado Carlão Pignatari.